Neoconcretismo
O
neoconcretismo foi um movimento artístico-literário, surgido como uma forma de
reagir aos excessos trazidos pelo concretismo. Enquanto o concretismo era
extremamente racional, o neoconcretismo trouxe a subjetividade de volta para o
processo de criação artística. Foi ele o responsável pelas primeiras mudanças
nas artes visuais no Brasil, através da proposta de uso de novos meios para a
produção, bem como da transformação na forma de receber estas obras de arte.
Trouxe também um novo modo de escrever, que pode ser conferido através da Obra
de Ferreira Gullar e de Reynaldo Jardim.
Os
neoconcretistas afirmavam que a arte não é apenas um objeto, mas tem
sensibilidade, expressividade, subjetividade. Combatiam o concretismo dizendo
que não se tratava apenas de formas geométricas, e debatiam os conceitos
cientificistas e positivistas na arte. Consideravam as diversas possibilidades
criativas do artista e envolviam no processo também o observador ou receptor.
Foi,
contudo, fortemente criticado pelos concretistas ortodoxos, principalmente de
São Paulo, já que o movimento teve maior influência no Rio de Janeiro. Os
concretistas alegavam que a forma teria um “autonomia”, e que portanto não
daria liberdade para implicar em simbologias, expressões ou sentimentos.
O
movimento neoconcreto apoiava-se na filosofia de Merleau-Ponty, que sugeria a
recuperação daquilo que é humano, sensível, e uma das formas de expressar isso
era através da cor e de seus múltiplos significados emocionais, dando margem à
interpretação mais subjetiva da arte.
Alguns
estudos afirmam que o movimento neoconcreto teria sido um divisor de águar na
história das artes no Brasil, pois serviria como uma ruptura da arte moderna no
país.
Escultura da série Bichos – Lygia Clark |
Escultura
– Amilcar de Castro
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Fonte:
http://www.itaucultural.org.br/
http://arteonline.arq.br/
Tatiane Rodrigues Lira.
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